NOTA 137 - TORNAR EFICAZ A GLOBALIZAÇÃO - de Joseph E. Stiglitz
1 - Tento mostrar como a globalização,adequadamente gerida,como o foi no desenvolvimento bem sucedido da Ásia
Oriental,pode trazer muitos benefícios tanto aos países em desenvolvimento como aos países desenvolvidos do mundo.
2 - No centro dos fracassos da globalização encontra-se o modo como as decisões são tomadas na arena internacional.
3 - Com o decorrer do tempo,deveremos estar a trabalhar no sentido de criarmos um enquadramento legal internacional
e tribunais internacionais - tão necessários para o bom funcionamento da economia global,como os tribunais federais
e as leis nacionais o são para as economias nacionais.
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" Tornar Eficaz a Globalização " é um livro de divulgação científica,da área da economia,editado em 2006,escrito pelo
conceituado economista Joseph E. Stiglitz,e tem esta 1ª edição portuguesa de Outubro de 2007.É um livro com 400 págs.,
bem encadernado e com boa qualidade,mas que tem a particularidade de ser barato.Custa 4,90 € pela internet.O preço
é um convite para que muitos o leam.E bem merece pois é um magnífico livro que aborda uma temática de interesse geral.
O autor - Joseph E. Stiglitz - é um famoso economista americano,nascido em 1943,professor da Universidade da Columbia,
em Nova Iorque,recebeu o Prémio Nobel da Economia em 2001,desempenhou importantes cargos no Governo dos Estados
Unidos e no Banco Mundial,sendo autor,entre outros,de "Globalização-A Grande Desilusão",livro que lhe trouxe fama
mundial acerca deste tema.
Joseph Stiglitz defende que a globalização não tem que ser má se fôr adequadamente gerida.Mas,actualmente,o regime
do comércio global beneficia os países mais ricos e não os que necessitam de maior desenvolvimento,porque não foi
criado um conjunto de regras justo.O materialismo económico aniquila outros valores e a desigualdade social não pára
de aumentar entre os países mais ricos e os mais pobres.É necessário que exista uma desigualdade limitada.Porém,
hoje em dia,"o dinheiro corre escada acima",dos pobres para os ricos,e deve ser o inverso.
Os mercados são essenciais.Mas deve haver um padrão e uma única lei para o comércio injusto e o dumping.Há
necessidade de um equilíbrio entre o Estado e o mercado e é necessário trazer a ética de volta aos negócios. Há
que evitar a circulação desregrada de capitais e é necessária uma mudança de atitude mental.
Embora reconheça que a resistência às reformas será grande é para lá que temos que caminhar,nomeadamente,
reformando as instituições internacionais.Para já,era importante fortalecer o Conselho Económico e Social das
Nações Unidas,que poderá ter um papel determinante na definição da agenda económica global.
Stiglitz diz que a globalização - na forma de crescimento conduzido pela exportação - ajudou os países da Ásia
Oriental a sair da pobreza. E destaca o desenvolvimento da China nos últimos 30 anos,onde "uma classe média
emergente de várias centenas de milhões,começa a usufruir de uma vida confortàvel como a que no Ocidente se
frui há tanto tempo...". Fala das " notas verdes globais " como uma nova forma de dinheiro fiduciário para funcionar
como reservas e que os países numa situação de crise poderiam trocar por euros,ou dólares,ou ienes,ou para
comprar alimentos ou recapitalizar os bancos ou estimular a economia. Refere a Noruega como "modelo de boas
práticas" e fala da Suécia como "outra forma de economia de mercado".
Uma série de temas importantes aborda Joseph Stiglitz,entre os quais:acções concretas a implementar,o microcrédito
no Bangladeche,o Forum Social Mundial e o Forum Económico Mundial,em Davos,O Consenso de Washington,o FMI,
o Banco Mundial e a OMC,a Microsoft,os direitos de propriedade intelectual,o aquecimento global,os tecnocratas e a
falta das decisões políticas,liberais e kaynesianos,os Estados Unidos de hoje e de ontem,onde na Declaração da
Independência se diz que " todos os homens nascem iguais " e não se diz " todos os americanos nascem iguais " .
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" Tornar Eficaz a Globalização " - uma cartilha para um mundo mais justo,escrita pelo consagrado economista
Joseph E. Stiglitz .
